O presidente da Autoridade Palestina, OLP e Fatah, Mahmoud Abbas, recusou-se a ajudar a levantar o cerco israelense imposto ao seu antecessor Yasser Arafat devido ao suposto apoio deste último à Intifada de Al-Aqsa (2000-2005), acusou a Safa na segunda-feira.
A agência de notícias disse que obteve documentos secretos sobre a investigação sobre a morte de Arafat, que está em andamento desde 2010 liderada pelo comandante de segurança da AP Tawfiq Al-Tirawi.
Aparentemente, Al Tirawi reconheceu que os documentos relacionados à audiência com o assessor de Arafat, Mohammad Rashid, também conhecido como Khalid Islam, vazaram. A audiência foi realizada na Embaixada da Palestina em Chipre em 2013.
Rashid disse que não havia um bom relacionamento entre Abbas e Arafat no momento do cerco, quando Abbas e Mohammed Dahlan eram aliados. O assessor de Arafat pediu a Abbas que ajudasse a levantar o cerco imposto ao então presidente, mas ele disse que isso era “impossível”.
“Aquele que paga dinheiro para aqueles que abrem fogo [na ocupação israelense], deve resolver seus problemas sozinho”, teria respondido Abbas. “Não é problema meu.”
De acordo com a Safa, Abbas quis dizer que não ajudaria Arafat por causa de seu suposto apoio à resistência palestina no início da Intifada de Al-Aqsa.
Arafat foi envenenado em 2004 por uma dose de polônio, concluíram investigadores suíços. As investigações não conseguiram confirmar quem administrou o veneno e como.
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