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Shtayyeh reconheceu que palestino ajudou Israel a matar Arafat

Palestinos marcham em direção ao santuário do líder palestino Yasser Arafat durante uma cerimônia de comemoração do 18º aniversário de sua morte em Ramallah, Cisjordânia, em 10 de novembro de 2022. [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Um documento vazado revelou que o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, disse aos investigadores que um palestino serviu a Israel no assassinato do então presidente da AP, da OLP e do Fatah, Yasser Arafat, informou a agência Safa.

Shtayyeh era o diretor do Conselho Econômico Palestino para Desenvolvimento e Construção (PECDAR) na época. Ele disse que a figura palestina que estava interessada em matar Arafat “estava servindo a Israel”, e observou que havia muitos que teriam feito a mesma coisa.

O documento inclui relatos de autoridades palestinas próximas a Arafat, que morreu em novembro de 2004. Muitos acreditam que ele foi envenenado.

O comandante sênior de segurança da AP Tawfiq Al-Tirawi chefiou um comitê para investigar a morte de Arafat em 2010. Em 2015, ele declarou que o assassino de Arafat havia sido identificado.

Na semana passada, foi noticiado que Mahmoud Abbas “se recusou a ajudar a levantar o cerco israelense imposto ao seu antecessor Yasser Arafat devido ao suposto apoio deste último à Intifada de Aqsa (2000-2005)”. Al-Tirawi confirmou então que os detalhes surgiram de documentos vazados ligados à sua investigação.

Shtayyeh deu seu relato aos investigadores em maio de 2014, dizendo que Arafat perdeu a proteção internacional árabe e palestina e ficou sob cerco total das autoridades de ocupação.

“Quando toda a cobertura é removida e ninguém está visitando Arafat, isso significa que uma mensagem deve ter sido entregue”, disse Shtayyeh. Ele reconheceu que os funcionários em torno de Arafat “eram ruins” e que “Arafat temia que seu poder fosse retirado”.

Quando o investigador lhe perguntou se estava do lado do sucessor de Arafat, Mahmoud Abbas, ele disse: “Minha posição foi clara em relação à distribuição do poder”.

LEIA: Abbas se recusou a ajudar Arafat devido ao apoio à Al-Aqsa Intifada, acusa agência

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