Shtayyeh reconheceu que palestino ajudou Israel a matar Arafat

Um documento vazado revelou que o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, disse aos investigadores que um palestino serviu a Israel no assassinato do então presidente da AP, da OLP e do Fatah, Yasser Arafat, informou a agência Safa.

Shtayyeh era o diretor do Conselho Econômico Palestino para Desenvolvimento e Construção (PECDAR) na época. Ele disse que a figura palestina que estava interessada em matar Arafat “estava servindo a Israel”, e observou que havia muitos que teriam feito a mesma coisa.

O documento inclui relatos de autoridades palestinas próximas a Arafat, que morreu em novembro de 2004. Muitos acreditam que ele foi envenenado.

O comandante sênior de segurança da AP Tawfiq Al-Tirawi chefiou um comitê para investigar a morte de Arafat em 2010. Em 2015, ele declarou que o assassino de Arafat havia sido identificado.

Na semana passada, foi noticiado que Mahmoud Abbas “se recusou a ajudar a levantar o cerco israelense imposto ao seu antecessor Yasser Arafat devido ao suposto apoio deste último à Intifada de Aqsa (2000-2005)”. Al-Tirawi confirmou então que os detalhes surgiram de documentos vazados ligados à sua investigação.

Shtayyeh deu seu relato aos investigadores em maio de 2014, dizendo que Arafat perdeu a proteção internacional árabe e palestina e ficou sob cerco total das autoridades de ocupação.

“Quando toda a cobertura é removida e ninguém está visitando Arafat, isso significa que uma mensagem deve ter sido entregue”, disse Shtayyeh. Ele reconheceu que os funcionários em torno de Arafat “eram ruins” e que “Arafat temia que seu poder fosse retirado”.

Quando o investigador lhe perguntou se estava do lado do sucessor de Arafat, Mahmoud Abbas, ele disse: “Minha posição foi clara em relação à distribuição do poder”.

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