O exército israelense emitiu nesta terça-feira (15) ordens a sua divisão da Cisjordânia ocupada para aumentar o estado de alerta entre os soldados nas próximas 72 horas, como preparativo a eventuais operações de resistência contra soldados e colonos no território palestino.
A ordem sucedeu um ataque a faca e um atropelamento perto do assentamento ilegal de Ariel, que resultou na morte de Muhammad Murad Souf, palestino de 18 anos, residente do povoado de Haris, no distrito de Salfit.
Aviv Kochavi, comandante máximo do exército israelense, visitou o “local do crime”, cuja vítima foi supostamente um segurança israelense, agredido no acesso a uma zona industrial de Ariel, instalada ilegalmente em terras palestinas.
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Kochavi prometeu que suas tropas “aprenderão com o incidente”, mas prometeu seguimento à campanha. “O exército manterá a Operação Quebra-onda pelo tempo necessário, em qualquer lugar ou momento, para conduzir sua missão e preservar a segurança da população”.
O exército israelense mantém seu cerco em Haris, no norte da Cisjordânia, incluindo trincheiras e postos de controle militar. As atividades de repressão contra os palestinos nativos recorreram ao pretexto da suposta morte de três colonos.
Omar Samara – chefe do conselho local de Haris – confirmou o fechamento de todos os acessos à aldeia, incluindo o portão principal. “Um grande contingente militar invadiu nosso povoado e cercou a casa da família Souf, em meio a confrontos com dezenas de cidadãos”.
“Colonos atacaram veículos palestinos com pedras, causando danos”, acrescentou.
A Cisjordânia vive uma escalada de tensão desde o início do ano.