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Erdogan cogita intervenção militar no exterior após atentado em Istambul

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan no Aeroporto de Ataturk, em Istambul, 13 de novembro de 2022 [Murat Cetinmuhurdar/Agência Anadolu]

O Exército da Turquia pode lançar uma operação militar fora de suas fronteiras após um ataque terrorista em Istambul, que matou seis pessoas e feriu 81 civis na maior cidade do país, reiterou o presidente da república Recep Tayyip Erdogan.

“Investigações estão em curso sobre o atentado”, insistiu Erdogan. “A depender dos resultados, faremos o que for preciso e o mundo tem de saber disso”.

Conforme o presidente, seu governo manterá sua estratégia para “arrancar pela raiz” ameaças terroristas. Ancara, disse Erdogan, espera que aliados apoiem sua luta contra grupos que põem em risco sua segurança nacional.

“As partes que mantêm suporte a organizações terroristas, sob pretexto de combater o Estado Islâmico [Daesh], também são responsáveis por cada gota de sangue”. Erdogan pareceu referir-se ao apoio dos Estados Unidos a grupos curdos na Síria, acusados por Ancara de conduzir atos de terrorismo para além da fronteira.

“Reafirmo que não há lugar para qualquer forma de terrorismo no futuro de nosso país e nossa região”, acrescentou Erdogan.

LEIA: Turquia culpa PKK por explosão mortal em Istambul e prende 46 pessoas

Segundo o líder nacionalista turco, o atentado em Istambul mostrou outra vez a face hedionda das organizações terroristas que operam na região. O presidente, no entanto, exaltou as ações de suas forças policiais, que prenderam rapidamente um dos perpetradores.

O governo turco acusou o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de planejar a explosão, executada na rua Istiklal da movimentada cidade de Istambul. O PKK é criminalizado na Turquia.

 

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