Autoridades israelenses proibiram palestinos de adentrar e realizar suas preces no Túmulo dos Patriarcas (Mesquita Abraâmica), na cidade de Hebron (Al-Khalil), Cisjordânia ocupada, advertiu nesta quinta-feira (18) o Ministério de Recursos Islâmicos da Autoridade Palestina (AP).
“As autoridades da ocupação fecharão a Mesquita Abraâmica da tarde de sexta-feira até a noite de sábado”, corroborou o ministério. A medida tem como pretexto a “comemoração do feriado judaico do Sabbath”; portanto, ao conferir exclusividade de culto a colonos ilegais.
Segundo o ministério, as forças israelenses “tiram vantagem dos feriados judaicos para assediar os palestinos e lhes impor punição coletiva, ao impedir acesso aos lugares sagrados e perpetrar interrogatórios abusivos nos postos de controle militar”.
“Todos os anos, a Mesquita Abraâmica é completamente fechada por dez dias para celebrar os feriados judaicos”, prosseguiu o comunicado.
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A Mesquita Abraâmica – ou Túmulo dos Patriarcas – situa-se na Cidade Velha de Hebron, sob o controle absoluto da ocupação israelense. Crê-se que o santuário foi construído sobre o túmulo do Profeta Ibrahim – Abraão, na tradição cristã.
Em 25 de fevereiro de 1994, o colono extremista Baruch Goldstein abriu fogo contra palestinos durante as orações realizadas na mesquita. A chacina deixou 29 mortos e 200 feridos. Forças da ocupação israelense reprimiram duramente os protestos subsequentes; ao menos 20 palestinos foram mortos e outros 150 ficaram feridos.
Desde então, a ocupação fechou a principal rua da cidade e dividiu a mesquita em duas partes: uma para os muçulmanos palestinos, outra para os colonos judeus. Durante feriados judaicos, o regime ocupante, impede os palestinos de entrar na mesquita.