O governo sírio de Bashar al-Assad confirmou nesta terça-feira (29) nova redução no volume de combustível fornecido a funcionários públicos, devido à escassez que atingiu uma série de torres de telefonia móvel, ao torná-las inoperantes.
As informações são da agência de notícias Reuters.
O primeiro-ministro Hussein Arnous decretou corte de 40% no auxílio-combustível a agentes do estado, além de restrições a viagens oficiais por razões não-urgentes, conforme comunicado de seu gabinete.
O transporte público será isento, informou a nota, que culpou a escalada na escassez a atrasos nas remessas e às sanções impostas pelos Estados Unidos.
Preços subsidiados de insumos energéticos são cada vez mais raros na Síria de Assad. As pessoas costumam aguardar semanas para receber menos de um galão de gasolina. Aqueles que podem arcar com o custo integral têm de aguardar em filas imensas para abastecer.
A guerra civil na Síria já dura mais de uma década e parece estagnada na maioria das frentes. A crise econômica impõe um pesado fardo à população. A Organização das Nações Unidas (ONU) registrou recordes históricos de comunidades que dependem de ajuda humanitária.
A economia síria – certa vez produtiva, atingida por danos a infraestrutura pública e instalações industriais ao longo do conflito – desabou ainda mais desde 2019, quando o colapso financeiro do Líbano atravessou as fronteiras do estado levantino.
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