A Arábia Saudita deve sediar uma cúpula sino-árabe a partir de 9 de novembro, a coincidir com a visita do presidente chinês Xi Jinping à monarquia, reportou nesta quarta-feira (30) a agência de notícias Reuters, ao citar como fonte três diplomatas do Oriente Médio.
Uma delegação chinesa liderada pelo presidente chegará a Riad em 7 de dezembro, segundo os relatos, para assinar dezenas de acordos e memorandos de entendimento entre Pequim e uma série de regimes árabes, cobrindo os setores de energia, segurança e investimentos.
“O nível de representação depende de cada país, espera-se a participação de numerosos líderes árabes; outros estados devem enviar ao menos seus Ministros de Relações Exteriores”, afirmou uma das fontes à Reuters.
A visita e a conferência coincidem com o afastamento entre Arábia Saudita e Estados Unidos – aliados históricos –, em meio à decisão do cartel conhecido como OPEP+ de reduzir a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia, encarecendo o produto e seus derivados.
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A gestão do presidente Joe Biden fez sucessivos apelos para que o reino barrasse a medida. A OPEP+ é um grupo que compreende estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, incluindo a Rússia.
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos resistiram ainda à pressão americana para “escolher um lado” no que se refere a China e Rússia – que disputam zonas de influência com o Ocidente.
A cúpula também sucede a publicação de um relatório pelo Pentágono segundo o qual Pequim ampliou “consideravelmente” seus esforços de engajamento no Oriente Médio.
“Ao passo que cresce o interesse econômico da China em áreas como África, América Latina, Ásia Central e Oriente Médio, esperamos maior enfoque na projeção de poder global”, comentou o Pentágono em seu relatório anual sobre o poderio militar do estado chinês.
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