O Ministro da Justiça da Turquia Bekir Bozdag afirmou nesta segunda-feira (5) que a extradição de um membro do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), então radicado na Suécia, no fim da última semana, é “apenas o começo”.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“A extradição de um terrorista [sic] do PKK começa a mostrar sinceridade [da Suécia]”, declarou Bozdag em entrevista à rede TRT. “Esperamos que venham outros”.
O deportado Mahmut Tat compareceu ao tribunal após chegar a Istambul no sábado (3); então, foi oficialmente detido.
Tat foi condenado na Turquia a seis anos e dez meses de prisão por sua filiação ao PKK e fugiu à Suécia em 2015. Seu pedido de asilo, no entanto, foi indeferido.
O PKK é designado organização terrorista pelo estado turco, assim como pela União Europeia e outros países.
Desde maio, a Turquia mantém sua obstrução à integração de Suécia e Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), ao exigir dos estados nórdicos que extraditem ativistas curdos ou indivíduos suspeitos de filiação com o movimento Gulen.
“Gulenistas” são acusados pelo regime de Recep Tayyip Erdogan de planejar o golpe de estado que fracassou na Turquia em 2016.
Como membro da OTAN, o estado turco tem direito a veto para novas filiações ao grupo.
Tensões entre Ancara e Estocolmo se atenuaram com a ascensão de um governo de ultradireita no país europeu. No fim de novembro, o chanceler turco Mevlut Cavusoglu enalteceu “esforços positivos” de ambos os países, mas reiterou seu apelo por “medidas concretas”.
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