O Irã prendeu 12 pessoas acusadas de associação com agentes estrangeiros e conspiração para “ações subversivas”, à medida que protestos contra o governo continuam a varrer o país.
Em nota, a Guarda Revolucionária do Irã – unidade de elite do exército iraniano – alegou que os 12 suspeitos eram ligados a uma rede externa que impunha ameaça à segurança e estabilidade nacional. O comunicado, porém, não confirmou a nacionalidade dos presos ou outros detalhes.
“Os membros da rede, sob diretrizes de agentes contrarrevolucionários radicados na Alemanha e na Holanda, pretendiam executar ações subversivas ao contrabandear armas de guerra e agir contra nossa segurança nacional”, afirmou a Guarda Revolucionária.
Há três meses, a jovem Mahsa Amini (22) faleceu em custódia da polícia de costumes. Protestos eclodiram por todo o Irã. A polícia insiste que Amini faleceu de ataque cardíaco, mas sua família relata sinais de tortura.
As manifestações e a brutal repressão do regime incorreram, até então, em centenas de mortos e dezenas de milhares de presos. Dezenas de estrangeiros foram detidos. O regime alega que os protestos foram instigados por agências de inteligência ocidentais e que turistas ou imigrantes têm vínculo com a conspiração.
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