A identidade brasileira é composta por muitas culturas e tradições de povos desse território mas também de outros lugares. Imigrantes e refugiados construíram grande parte da história do Brasil e ampliar o olhar para esses espaços demográficos, também é uma forma de honrar aquilo que se faz presente em nossa própria identidade enquanto povo.

Mas será que estamos abertos a criar diálogos amplos e participativos de uma visão que desconhecemos ou, conhecemos apenas um lado? Sendo retratada muitas vezes não de uma forma justa mas sim a partir do olhar estrangeiro e colonizador ocidental? Será que reproduzimos esses mesmos discursos colonizadores quando retratamos nossa opinião baseada em uma informação deturpada sobre um território ou povo? A melhor maneira de se informar sobre a história/cultura de um território é que possa ser contada por quem carrega em si, sua identidade. Colocando como protagonistas de sua própria cultura.

Card do evento [Divulgação]

Esse é o debate, em forma de roda de conversa, que ocorrerá na próxima sexta feira (09), a partir das 19 horas, no Al Janiah, um espaço cultural palestino. Será um bate-papo com refugiados e imigrantes do Oriente Médio e Continente Africano, sobre como se sentem em ver informações deturpadas sobre suas próprias culturas.

Até que ponto a mídia ocidental alimenta a narrativa para que esses lugares sejam subjugados?, perguntam organizadores.

A roda de conversa será composta por Rawa Alsagheer, de origem Palestina e nascida na Síria. Cineasta, ativista política e professora de árabe; Anas Obaid, de origem Síria, jornalista, ator e ativista dos direitos humanos. Responsável pelo projeto Ponto Zero Refúgio; Braima Mane, de Guiné Bissau, bacharel em Direito e ativista social. Co-idealizador do projeto Ujamaa Mãe Solo; Nduduzo Siba , artista sul-africana de raízes Zulu, é cantora , atriz e dançarina.

Informações podem ser obtidas em @emilyfmartins. O Al Janiah fica na Rua Rui Barbosa n° 269, Bixiga/SP

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