A ong internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) reportou nesta quarta-feira (7) ter resgatado ao menos 90 refugiados à deriva no Mar Mediterrâneo, no litoral da Líbia. Conforme postagem no Twitter, o bote de borracha estava “superlotado e instável”.
Entre os refugiados, estavam duas mulheres grávidas e mais de 30 crianças.
“A criança mais nova tem apenas dois anos de idade”, confirmou a ong.
Segundo o website da MSF, milhares de pessoas fogem da violência, pobreza e perseguição em seus países rumo à Europa, ao tentar atravessar as perigosas águas do Mar Mediterrâneo, por vezes, em precários botes de borracha ou madeira.
A Líbia posterior à queda do longevo presidente Muamar Gaddafi se tornou uma movimentada rota de tráfego aos refugiados africanos e uma das mais mortais fronteiras marítimas de todo o mundo. Refugiados enfrentam risco de extorsão, prisão, tortura e morte.
A MSF criticou a União Europeia por não agir para impedir ou minimizar as mortes no mar. “Não apenas os governos europeus abandonaram pessoas à deriva, como ativamente conferiram seu apoio a devoluções forçadas à Líbia”, advertiu a ong.
“Somente em 2021, mais de 32 mil pessoas foram interceptadas no mar e devolvidas [ao país]”, acrescentou.
LEIA: Linha Atenas-Trípoli: Por que a Grécia está tão zangada com a Líbia?