Futuro ministro de Israel busca excluir árabes de privilégios prometidos a ultraortodoxos

Bezalel Smotrich, líder do partido extremista Sionismo Religioso, em Jerusalém ocupada, em 10 de maio de 2021 [Gil Cohen-Magen/AFP/Getty Images]

Bezalel Smotrich, líder do partido extremista Sionismo Religioso, que deve assumir o Ministério das Finanças no novo governo de Benjamin Netanyahu, manifestou apreensão de que cidadãos árabes de Israel – isto é, palestinos – se beneficiem com os privilégios que pretende conceder a outros grupos minoritários, com destaque aos judeus ultraortodoxos.

Segundo a televisão local, Smotrich teme que os “privilégios materiais deferidos aos ortodoxos se apliquem aos cidadãos árabes”. O político sionista “expressou receio de que não haja escolha senão conceder benefícios financeiros também aos árabes”.

Neste entremeio, Smotrich “busca maneiras de distinguir entre os residentes”.

Smotrich deve acumular também uma posição de destaque no Ministério de Segurança Pública, além da pasta econômica, reportou recentemente o website israelense Walla.

O Ministério de Segurança Pública é responsável pela administração civil dos assentamentos na Cisjordânia ocupada, assim como pela unidade incumbida por coordenar as atividades de Israel nos territórios palestinos – ambas, parte integral da ocupação militar israelense.

Veteranos dos serviços de segurança no estado ocupante alertam que conceder tamanho poder a Smotrich pode levar a uma “quebra na corrente de comando” das Forças Armadas. Para eles, caso uma figura além do ministro responsável tenha poder de nomear ou promover chefes do exército, haverá “caos” e prejuízo à “disposição das tropas”.

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