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Itália permite ancoragem de dois barcos com 500 refugiados, em meio a mau tempo

Refugiados subsaarianos no porto de Salerno, na Itália, em 11 de dezembro de 2022 [Stringer/Agência Anadolu]
Refugiados subsaarianos no porto de Salerno, na Itália, em 11 de dezembro de 2022 [Stringer/Agência Anadolu]

A Itália recebeu 509 refugiados, ao permitir que dois barcos aportassem no sul do país.

As embarcações de resgate ficaram dias à deriva na costa da Sicília, devido ao mau tempo, com ondas de três metros de altura e forte ventania. Uma mãe deu à luz a bordo e um menino de 14 anos com dores abdominais foi transferido às pressas a um centro médico.

O barco alemão Humanity 1, operado pela ong SOS Humanity, aportou em Bari; o Geo Barents, operado pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), ancorou em Salerno.

Em novembro último, a Itália proibiu que um barco com 234 pessoas aportasse em suas terras, ao obrigá-lo a seguir viagem para França e Alemanha.

Segundo o ativista Majdi Karbai, autoridades italianas deportaram 1.700 refugiados tunisianos à força desde janeiro.

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A premiê Giorgia Meloni – associada à herança política do líder fascista Benito Mussolini, ligada à atual extrema-direita na Europa – prometeu medidas rigorosas para impedir que requerentes de asilo chegassem à Itália. Segundo o governo, a recente ancoragem mantém sua abordagem, dado que a única exceção para ancoragem de refugiados são condições adversas do clima.

Roma alegou em comunicado neste fim de semana que “salvar vidas sempre guiará as decisões do governo, mesmo sob atos arriscados de provocação conduzidos por ongs”.

O Ministro do Interior Matteo Piantedosi disse previamente que os países aos quais pertencem os barcos de resgate devem receber os refugiados.

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu que a situação no Mar Mediterrâneo equivale a uma “tragédia generalizada, duradoura e vastamente ignorada”. A rota é usada por migrantes do norte e leste da África.

O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) instou governos a “garantir rotas alternativas às perigosas travessias”.

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