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Irã condena trabalhador humanitário belga a 28 anos de prisão

Olivier Vandecasteele [@KristinHelene/Twitter]
Olivier Vandecasteele [@KristinHelene/Twitter]

Olivier Vandecasteele – trabalhador humanitário e cidadão belga – foi sentenciado a 28 anos de prisão no Irã por uma “série de crimes fabricados”, confirmou nesta quarta-feira (14) o Ministro da Justiça da Bélgica Vincent van Quickenborne.

O ministro reiterou que seu governo faz todo o possível para libertá-lo.

Trata-se de retaliação pela condenação de um diplomata iraniano em um tribunal belga, no ano passado, insistiu o ministro ao parlamento.

“Este é um compatriota inocente preso em fevereiro, que permanece em condições desumanas desde então”, prosseguiu Quickenborne.

Bruxelas insiste que não há base para a prisão. A chancelaria iraniana recusou-se a comentar.

“É uma vergonha e uma tragédia para Olivier e seus familiares”, declarou o porta-voz da família, Olivier van Steirtegem, ao jornal belga Het Nieuwsblad. “Olivier é inocente e vítima de um jogo internacional escuso e muito maior do que ele”.

Na semana passada, um tribunal constitucional da Bélgica suspendeu um acordo com Teerã que tornaria possível uma troca de prisioneiros. Quickenborne, no entanto, confirmou que o acordo pode ainda ter relevância legal para o caso de Vandencasteele.

A família via o acordo como única esperança.

A mídia sugere que Vandencasteele pode ser libertado em troca de Assadollah Assadi, iraniano condenado a 20 anos de prisão por terrorismo, após um ataque a bomba contra um comício do Conselho Nacional de Resistência do Irã (NCRI), grupo dissidente radicado na França.

Segundo Quickenborne, ambos os casos estão diretamente ligados.

Assadi serviu como diplomata na embaixada iraniana em Viena, capital da Áustria. Promotores argumentaram que seu cargo tinha como intuito encobrir ações contra opositores do regime na Europa. Teerã nega as acusações, ao descrever o NCRI como “grupo terrorista”.

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