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Ex-premiê britânico David Cameron vira palestrante nos Emirados

David Cameron, ex-premiê do Reino Unido, em Cheltenham, Inglaterra, 5 de outubro de 2019 [David Levenson/Getty Images]
David Cameron, ex-premiê do Reino Unido, em Cheltenham, Inglaterra, 5 de outubro de 2019 [David Levenson/Getty Images]

David Cameron, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, deve começar em um novo emprego ao lecionar ciências políticas na chamada Universidade de Nova York de Abu Dhabi (NYAD), situada nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

As informações são do jornal Financial Times.

O ex-líder do Partido Conservador, de 56 anos, administrará cursos sobre “práticas de política e de governo na era da ruptura”. As aulas devem durar três semanas a partir da próxima semana. A grade deve abordar a guerra na Ucrânia e a migração à Europa.

O curso de Cameron, entre outros nomes, foi confirmado em nota pela NYAD. “Nosso programa será ministrado por renomados acadêmicos, escritores, artistas, jornalistas e analistas políticos contratados para o período de janeiro”.

Segundo as informações, um amigo do ex-premiê britânico descreveu o anúncio da NYAD como uma “extensão lógica” das palestras concedidas por Cameron a diversas instituições de ensino e universidades em todo o mundo.

“[Cameron] comandou o Tory [Partido Conservador] por onze anos e o país por seis anos e deve aproveitar sua experiência para lecionar sobre política e governabilidade na era da ruptura e do populismo”, comentou a fonte.

Desde sua renúncia em 2016, após objetar o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia –, Cameron envolveu-se em uma série de iniciativas políticas, entre as quais o apoio a um fundo de investimento sino-britânico, paralisado pelo afastamento entre os países.

Cameron trabalhou ainda para desenvolver uma rede de abastecimento à empresa de finanças Capital Greenshill, cujo projeto entrou em colapso no último ano.

As políticas de seu mandato sobre o Oriente Médio têm impacto até hoje. Cameron, enquanto premiê, supervisionou intervenções militares “equivocadas” na Líbia e na Síria, alvos de críticas contundentes por recorrer a fontes de inteligência duvidosas.

LEIA: Diplomacia dos Emirados diz que laços europeus com o Golfo não devem ser apenas pontuais

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