O Ministério do Interior de Israel indeferiu autorização de residência a 13 mil palestinos que já moram na cidade ocupada de Jerusalém, entre 1995 e o ano corrente, reportou nesta segunda-feira (19) o jornal israelense Haaretz.
Autoridades coloniais insistem que a vida dos palestinos nativos não orbita mais Jerusalém, mas sim no exterior ou na Cisjordânia ocupada.
Nos últimos anos, organizações de direitos humanos submeteram petições à Suprema Corte de Israel contra o Ministério do Interior, em nome dos palestinos de Jerusalém cuja residência em sua cidade natal foi negada ou revogada;
Em todas as decisões, a Suprema Corte confirmou que os palestinos são naturais de Jerusalém, com direitos nativos, de modo que não devem ser tratados como estrangeiros. Tel Aviv, porém, mantém sua política de limpeza étnica para expulsá-los da região.
O jornal considerou a deportação do advogado franco-palestino Salah Hamouri – com destino a Paris, neste domingo (18) – um sinal de alerta aos residentes palestinos de Jerusalém.
Segundo a reportagem, as autoridades ocupantes se sentem seguras em âmbito político, militar e internacional para empregar sua mais recente onda de opressão contra os palestinos.
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