O Alto-comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos condenou nesta segunda-feira (19) a recente deportação do advogado e ativista franco-palestino Salah Hammouri por ordens do governo israelense. As informações são da agência Anadolu.
“Preocupa-nos profundamente a mensagem aterradora que essa decisão emite a todos aqueles que trabalham em nome dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados”, comentou Jeremy Lawrence, porta-voz da agência em nota, sobre o banimento de Hammouri à França, no domingo (18).
Autoridades sionistas revogaram os direitos de residência de Hammouri em Jerusalém Oriental sob pretexto de “quebra de aliança ao Estado de Israel”.
Hammouri trabalha com a Associação de Direitos Humanos e Apoio aos Prisioneiros Addameer, criminalizada por Tel Aviv. O advogado e ativista foi preso em março e mantido em custódia sob “detenção administrativa” – sem julgamento ou acusação.
“A lei internacional proíbe deportação de indivíduos protegidos dos territórios ocupados e inibe explicitamente a coação a juras de aliança à potência ocupante”, reiterou Lawrence. “Deportar pessoas protegidas de terras ocupadas é uma violação grave da Quarta Convenção de Genebra e constitui crime de guerra”.
O comunicado observou que a deportação reafirma a situação de vulnerabilidade de residentes palestinos de Jerusalém ocupada, sob as leis do estado colonial.
“A decisão marca também uma nova degradação das condições impostas a ativistas palestinos por direitos humanos”, prosseguiu Lawrence.
A agência instou Tel Aviv a reverter a expatriação e abandonar alegações espúrias cujo objetivo é impedir o trabalho de direitos humanos na Palestina ocupada.
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