O novo presidente do Brasil Inácio Lula da Silva assegurou ao Ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) Riyad al-Maliki que seu governo manterá apoio resoluto aos direitos palestinos e trabalhará por um Estado da Palestina independente nas fronteiras de 1967.
Durante sua cerimônia de posse, no domingo (1º), Lula reforçou seu compromisso com a causa do povo palestino e com apoio diplomático à Palestina nos fóruns internacionais.
🇧🇷 Em 2019, não houve comparecimento de nenhuma liderança palestina. Bolsonaro fez questão de votar até mesmo contra o envio de ajuda humanitária para Palestina.
🇵🇸 Hoje, a história foi diferente. A Palestina, reconhecida como Estado por Lula há uma década, esteve presente. pic.twitter.com/L5ZulVZ8iX
— Juventude Palestina Sanaúd (@SanaudJuventude) January 1, 2023
Conforme relatos, al-Maliki encontrou-se com o presidente da Bolívia Luís Arce, nos bastidores da cerimônia. Arce reiterou o apoio de seu país aos direitos palestinos, ao enfatizar as relações próximas entre os países e a necessidade de trabalhar por liberdade e independência mútuas.
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Al-Maliki também conversou com a presidente de Honduras Xiomara Castro, que corroborou a importância das relações bilaterais e enalteceu a presença da comunidade palestina no país.
A posse de Lula – após sua vitória eleitoral contra o antecessor de ultradireita, Jair Bolsonaro – contou com um número recorde de delegações estrangeiras, incluindo chefes de governo e de estados, ministros e diplomatas. Foram 73 delegações dos cinco continentes.
Após cumprimentarem Lula, os representantes internacionais seguiram a um jantar no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério de Relações Exteriores.
A recepção de Lula indica mudança drástica em relação à política externa de caráter ideológico adotada por Bolsonaro. “É hora de romper com o isolamento e voltar a se relacionar com todos os países do mundo”, destacou Lula ao público, em frente ao Palácio do Planalto.