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Conselho de Segurança avalia novas tensões na cidade de Jerusalém

Mesquita Al-Aqsa na Cidade Velha de Jerusalém. [© Unsplash]

O Conselho de Segurança se reuniu nesta quinta-feira (05) para debater a questão palestina após a visita de um ministro israelense à mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. A reunião foi solicitada por Emirados Árabes Unidos e China.

O secretário-geral assistente para o Oriente Médio, Ásia e Pacífico, Khaled Khiari, explicou aos membros que a presença do novo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, em 3 de janeiro, ao local foi vista como “particularmente inflamatória”.

Cidade Velha de Jerusalém Oriental. [Shirin Yaseen/UN News]

Visita condenada pela comunidade internacional

Sua passagem ao local foi a primeira por um ministro israelense desde 2017. Segundo Khiari, a presença foi duramente condenada pela Autoridade Palestina e muitos outros em toda a região, bem como pela comunidade internacional.

Ele adicionou que o ato foi avaliado como “uma provocação que arrisca causar mais derramamento de sangue”.

LEIA: Nota do Itamaraty condena incursão israelense na Mesquista de Al Aqsa

O secretário-geral assistente contou que, após a visita, o gabinete do primeiro-ministro israelense e outros altos funcionários enfatizaram que o governo está comprometido em manter o status quo e que a passagem não representa um desvio de seus termos.

Khiari expressou preocupação com esses acontecimentos em Jerusalém e com a possibilidade de aumentar tensões e violência na Cisjordânia.

Situação frágil

O secretário-geral assistente lembra que a situação nos locais considerados sagrados de Jerusalém é frágil. Assim, “qualquer incidente ou tensão pode se espalhar e causar violência nos Territórios Palestinos, em Israel e em outros lugares da região”

Ele reforçou o apelo do secretário-geral das Nações Unidas para que todas as partes se abstenham de medidas que possam aumentar as tensões dentro e ao redor desses locais sagrados e para que todos mantenham o status quo.

Diminuição das tensões

De acordo com Khiari, nos últimos dias, a ONU manteve contato próximo com as partes relevantes para abrandar a situação, e esses compromissos continuarão nos próximos dias e semanas.

Para ele, neste momento delicado, todos os esforços para diminuir as tensões devem ser incentivados, enquanto provocações, ações inflamatórias, ações unilaterais e ameaças de violência devem ser categoricamente rejeitadas.

Publicado originalmente em ONU News

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