Um oficial israelense de alto escalão criticou o Ministro de Segurança Nacional de Israel Itamar Ben-Gvir – conhecido por suas posições de extrema-direita – por invadir a Mesquita de Al-Aqsa na manhã de terça-feira (3), ao reafirmar que suas ações “destruíram a chance para normalizar laços com a Arábia Saudita”.
As informações são do jornal israelense Haaretz.
O oficial – em condição de anonimato – declarou: “Não há qualquer hipótese de desenvolver as relações com a Arábia Saudita enquanto Ben-Gvir e Smotrich estiverem no governo”.
Bezalel Smotrich foi empossado Ministro das Finanças na semana passada, sob o novo governo de Benjamin Netanyahu. Smotrich é notório por pedir a abolição da Autoridade Palestina (AP) e reivindicar a anexação colonial da Cisjordânia ocupada.
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Segundo a reportagem, Netanyahu buscou reviver conversas sobre a normalização com o Golfo, incluindo Arábia Saudita, ao apelar à influência dos Estados Unidos e aliados europeus. Os atos de Ben-Gvir, no entanto, devem frustrar seus planos.
Segundo o Haaretz, “alguns minutos de passeio de Ben-Gvir em Al-Aqsa foram suficientes para que a comunidade internacional deixasse claro a Netanyahu de que haverá qualquer paciência aos caprichos de seu novo governo”.
Conforme a reportagem, reações árabes, islâmicas e internacionais foram diretas e uníssonas.
Na manhã de terça-feira, Ben-Gvir invadiu Al-Aqsa sem aviso prévio sob escolta policial armada. O local é um santuário islâmico sob custódia da Jordânia, protegido pela lei internacional.
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