O príncipe Harry, do Reino Unido, revelou em seu livro de memórias – ainda não publicado – ter matado 25 pessoas enquanto servia como piloto de helicóptero apache às tropas ocupantes do Afeganistão, em particular, em sua segunda passagem no país.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
O livro – com o título em inglês “Spare” – será lançado na próxima semana, no Reino Unido. No entanto, sua versão em espanhol foi acidentalmente posta à venda.
O Duque de Sussex, que abdicou de seus deveres reais e deixou o país com sua esposa, Meghan Markle, serviu por duas missões no Afeganistão, em 2007 e 2008. A ocasião, segundo o próprio, “o levou a ceifar vidas humanas”.
No livro, não obstante, Harry não mostra remorso ou constrangimento, embora negue orgulho, ao descrever os mortos como “bandidos” que queriam matar “mocinhos”. Conforme o príncipe, não eram “pessoas”, mas “peças em um tabuleiro de xadrez”.
Milhares de militantes ligados ao Talibã e ao grupo terrorista Al-Qaeda foram mortos durante a guerra no Afeganistão. No entanto, milhares de baixas civis estão também documentadas.
O príncipe serviu o exército por dez anos, chegando ao posto de capitão. Em fevereiro de 2008, o Ministério da Defesa confirmou que Harry estava a serviço das Forças Armadas em Helmand, no Afeganistão, “há mais de dois meses”.
“O príncipe Harry tem muito orgulho de servir seu país junto de seus companheiros do exército e de fazer o trabalho para o qual foi treinado”, declarou a coroa britânica, na ocasião.
Em sua biografia, Harry alegou ainda que seu irmão e herdeiro do trono, o príncipe William, e a esposa, a princesa Kate, o encorajaram a vestir-se como um nazista, incidente que chocou toda a Europa em meados de 2005.
Ao descrever o episódio como um “dos maiores erros da minha vida”, Harry insistiu que William e Kate “caíram na gargalhada” ao vê-lo com a fantasia.
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