O exército de Israel impediu o chamado às preces islâmicas no Túmulo dos Patriarcas (Mesquita Abraâmica) em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, ao menos 613 vezes no ano passado, reportou o Ministério de Recursos Religiosos da Autoridade Palestina (AP).
O relatório anual do governo em Ramallah corroborou que forças da ocupação e colonos ilegais intensificaram seus ataques a Al-Aqsa, em Jerusalém, no último ano, ao anuir a invasão de mais de 48 mil colonos ao complexo religioso em 262 ocasiões.
Dezenas de murabiteen – homens e mulheres palestinos que guardam Al-Aqsa – foram banidos da mesquita.
Em Hebron, na Cisjordânia ocupada, a Mesquita Abraâmica permaneceu fechada por ao menos dez dias, sob ações arbitrárias e discriminatórias da ocupação israelense.
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Tel Aviv mantém obras de um elevador na mesquita, para facilitar o acesso de colonos, além de hastear bandeiras e instalar candelabros no teto do santuário multirreligioso. Neste entremeio, os cidadãos palestinos – nativos da cidade – são proibidos de entrar na mesquita.
Ramallah reiterou que 24 mesquitas na Cisjordânia foram alvos de ataques coloniais, incluindo incêndios e demolições. Colonos realizaram ritos talmúdicos em mais de vinte locais islâmicos e atacaram ao menos doze cemitérios em 2022.