O presidente francês Emmanuel Macron não acredita que a França deva pedir desculpas à Argélia por sua colonização, disse ele em uma entrevista ao semanário Le Point publicada hoje (12).
Em sua longa conversa com o escritor argelino Kamel Daoud, Macron considerou que seria pior concluir que “pedimos desculpas e seguimos caminhos separados”, pois em sua opinião “o trabalho de lembrança e história não é um ato de equilíbrio”, mas apoiar “o que é indescritível, incompreensível, talvez imperdoável, imperdoável”, acrescentou ele.
O líder francês esperava que seu homólogo argelino, Abdelmajid Tebboune, visitasse a França em 2023 para continuar “um trabalho de amizade sem precedentes” no campo da memória e da reconciliação, que começou após sua própria visita à Argélia em agosto do ano passado.
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Durante esta visita, Macron conseguiu colocar as relações bilaterais novamente nos trilhos, depois de pedir desculpas por declarações lamentáveis em outubro de 2021 nas quais ele criticou o sistema político argelino e questionou a existência de uma nação argelina antes da colonização francesa.
Na entrevista, o presidente francês também pediu “apaziguamento” das tensões entre Argélia e Marrocos, sem considerar que uma guerra poderia ocorrer entre esses países vizinhos, apesar da ruptura das relações diplomáticas em agosto de 2021.
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Pulicado originalmente em Prensa Latina