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Ativista Muhammad Ali é condenado à prisão perpétua e designado ‘terroristas’ no Egito

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O judiciário egípcio condenou o ativista político Muhammad Ali a prisão perpétua, segundo informações da rede de notícias Arabi21.

Outras 37 pessoas também foram indiciadas por incitar violência, espalhar notícias falsas e se juntar a um “grupo terrorista”, no que a mídia chama de caso “Coringa”.

O Supremo Tribunal de Segurança do Estado condenou 16 dos réus, incluindo uma menina, a cinco anos de prisão e trabalhos forçados. Outros cinco foram condenados a dez anos cada. O restante foi absolvido.

Muhammad Ali e outros 14 foram designados oficialmente como “terroristas”.

O conhecido ativista vive fora do Egito há anos. Ele foi o primeiro a lançar luz sobre a questão dos palácios presidenciais e os enormes orçamentos alocados para eles pelo governo. Ali gravou e transmitiu vídeos on-line, instando os egípcios a protestarem contra o regime do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi.

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O tribunal se baseou em investigações realizadas pelos serviços de segurança do regime, ao aceitar como prova alegações de que os réus haviam cometido vários crimes, incluindo adesão a um grupo clandestino, cujo objetivo seria perturbar as disposições constitucionais e impedir que as instituições e autoridades públicas desempenhassem suas funções.

“Os réus foram acusados de publicar notícias falsas sobre as condições políticas e econômicas no país, com intuito de perturbar a ordem pública, conforme os objetivos do grupo terrorista [sic] Irmandade Muçulmana … que visam minar a confiança nas instituições, na tentativa de incitar o povo contra o estado”.

Ali foi uma das figuras mais proeminentes da oposição a conclamar os egípcios a protestarem em 11 de novembro de 2022, coincidindo com a Conferência da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas sediada em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Em seus vídeos on-line, Ali disse que as manifestações — que chamou de “Revolução Climática” — representavam uma oportunidade de ouro para pressionar por mudança.

Ali declarou no Facebook: “Agora não é momento de diferenças. Algumas pessoas serão responsabilizadas e isso significa justiça e restauração de direitos. Eu me dirijo ao povo, já que é a maioria e a força verdadeira, as pessoas livres e corajosas. Salvem o Egito de el-Sisi!”

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