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Campanha expõe falas racistas de membros do governo israelense

Campanha “Racismo israelense em falas: o 37º governo de Israel”

Ativistas palestinos lançaram nesta terça-feira (17) uma campanha online para denunciar o discurso e as ações racistas no âmago do novo governo de Israel, novamente chefiado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, eleito em 1º de novembro mediante coalizão de extrema-direita.

Netanyahu e seus ministros foram empossados em 29 de dezembro.

O Fórum Europalestino (Europal) preparou a campanha intitulada “Racismo israelense em falas: o 37º governo de Israel”, a fim de documentar em detalhes o sentimento antipalestino naquele que muitos analistas descrevem como gabinete mais racista de Israel desde a criação do estado sionista, via limpeza étnica planejada, em maio de 1948.

Motasem Dalloul, colunista do MEMO, comentou: “Os limites do extremismo praticamente já não existiam antes de Netanyahu reunir sua nova coalizão”.

Segundo o Europal, a campanha tem como foco declarações de 25 integrantes do governo, com cinco falas divulgadas por dia nos próximos cinco dias.

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A organização espera que os pronunciamentos – públicos e registrados – permitam às pessoas compreender que as políticas da nova gestão, como expansão dos assentamentos, expulsão da população nativa e anexação ilegal, não devem ser vistas como atos isolados, mas como modus operandi de Netanyahu e seu gabinete.

“O novo governo representa uma clara ameaça à segurança dos palestinos radicados em toda a Palestina histórica e na diáspora”, reiterou Zaher Birawi, presidente do Europal.

“Esperamos que nossa campanha e outras mais tragam luz à natureza do regime, ao pressionar tomadores de decisão a não se engajarem com oficiais que expressam pontos de vista racistas e que buscam preservar e promover políticas de apartheid”, acrescentou.

Birawi reafirmou “decepção” sobre o encontro entre o Ministro de Estado do Reino Unido para Oriente Médio e Norte da África, lorde Tariq Ahmad, com Eli Cohen e Nir Barkat – ministros de Relações Exteriores e da Economia de Israel, respectivamente; ambos denunciados pelo fórum.

Neste sentido, Birawi advertiu: “A cultura de impunidade consagrada a Israel e seus oficiais não tem precedentes”.

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O Europal confirmou que parte de sua campanha inclui uma carta a parlamentares britânicos e europeus e novas declarações para expor o racismo manifesto de congressistas e outras figuras de destaque na sociedade israelense.

As notas serão compartilhadas nas redes do Europal: Instagram, Facebook e Twitter.

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