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Japão busca cooperação de Israel na ‘solução de dois estados’

Ministro de Relações Exteriores do Japão Yoshimasa Hayashi em Tóquio, 9 de fevereiro de 2022 [Ahmet Furkan Mercan/Agência Anadolu]

Ao manifestar apreensão sobre recentes medidas unilaterais de Israel nos territórios palestinos ocupados, o governo do Japão investiu nesta sexta-feira (20) na busca de cooperação do estado sionista pelo consenso internacional da “solução de dois estados”.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

“O Japão está preocupado com as recentes ações unilaterais na escalada de tensões”, declarou o chanceler japonês Hayashi Yoshimasa a seu homólogo israelense, Eli Cohen, durante conversa por telefone.

Yoshimasa destacou a abordagem de Tóquio em ajudar os palestinos “com objetivo de alcançar uma solução de dois estados”. Neste espírito, o ministro “pediu cooperação de Israel”, segundo comunicado de seu gabinete.

O ministro sionista “reiterou que Israel respeita o status quo dos lugares santos” em Jerusalém ocupada, observou a mesma nota.

LEIA: A oposição de Israel às críticas expõe sua violência colonial

Ambos debateram também a situação na Ucrânia e no leste da Ásia. Yoshimasa insistiu que seu país “gostaria de aprofundar a parceria com Israel” sob a “importância de preservar e fortalecer uma ordem internacional livre e aberta baseada no estado de direito”.

Israel, no entanto, busca expandir seus assentamentos ilegais sobre as terras palestinas. Nesta semana, o exército ocupante demoliu ao menos 18 estruturas palestinas ao norte de Jerusalém Oriental, afetando mais de cem famílias.

No início do mês, o ministro de Segurança Nacional de Israel Itamar Ben-Gvir, notório militante de extrema-direita, invadiu o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, sob condenação internacional, incluindo Turquia, Jordânia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar e Paquistão.

Palestinos denunciam a colonização israelense por trabalhar sistematicamente para “judaizar” Jerusalém – isto é, apagar sua identidade árabe-islâmica em favor de colonos judeus.

Al-Aqsa representa o terceiro lugar mais sagrado para o islamismo. Ideólogos sionistas chamam a área de Monte do Templo, ao alegar que dois santuários da Antiguidade repousavam no local e clamar pela demolição do santuário islâmico.

Israel ocupou Jerusalém Oriental durante a guerra de 1967 e anexou a cidade em 1980, medida jamais reconhecida internacionalmente.

Sob a lei internacional, todos os assentamentos nos territórios ocupados são ilegais.

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