As Nações Unidas estimam que 2 milhões de pessoas enfrentem atualmente insegurança alimentar no Líbano. Entre janeiro e abril, espera-se que 2,26 milhões de habitantes vivam em fase de “crise” ou ainda pior e precisem de auxílio urgente.
Quase 65% das vítimas serão libaneses. Os restantes seriam sírios vivendo como refugiados no país.
Agravamento
O Programa Mundial da Alimentos PMA, prevê que a situação piore nos próximos meses.
Agências da ONU estiveram representadas entre os 55 especialistas nacionais que realizaram a Análise de Insegurança Alimentar Aguda da Classificação Integrada de Fase de Segurança Alimentar, em setembro.
O estudo destaca o agravamento da situação de insegurança alimentar após a profunda crise econômica de três anos.
Fatores como depreciação da moeda, suspensão dos subsídios e o aumento do custo de vida impedem o acesso das famílias a alimentos suficientes e outras necessidades básicas diárias.
Eficiência
O representante do PMA no Líbano revelou que pessoas que nunca precisaram dependem agora de auxílio. Para Abdallah Alwarda, os dados profundamente preocupantes refletem a terrível situação de muitas pessoas no Líbano.
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Já para a representante no país da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, os dados ilustram um quadro sombrio da segurança alimentar no Líbano.
Nora Ourabah Haddad destaca a “necessidade urgente de se transformar os sistemas agroalimentares do país para torná-los mais eficientes, mais inclusivos, mais resilientes e mais sustentáveis”.
Para a FAO, o primeiro estudo do gênero realizado no Líbano é “uma oportunidade única para destacar a importância de se unir esforços de comunidades nacionais e internacionais para fornecer apoio sustentável aos necessitados combinando intervenções humanitárias e de desenvolvimento em abordagem integrada”.
Publicado originalmente em ONU News