A Arábia Saudita quer converter as ilhas de Tiran e Sanafir em um destino turístico com hotéis e cassinos, com acesso liberado a cidadãos israelenses, reportou o site de notícias Globes. Fontes afirmaram que Riad quer construir uma ponte entre as ilhas e o Egito.
O projeto Visão 2030 – plano de modernização do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman – inclui abrir o país ao mundo, via investimentos massivos no setor de turismo do Mar Vermelho, até o litoral de Eilat.
Em 2016, Egito e Arábia Saudita assinaram um acordo de fronteiras marítimas, o qual abarcou concessões a Tel Aviv, a fim de não contrapor o “acordo de paz” firmado com o Cairo.
Um acordo prévio entre Israel e Egito prevê uma força multinacional nas ilhas. O estado sionista temia que a demarcação de fronteiras levaria a ordens sauditas para remover tropas de Eilat, a despeito da mobilidade marítima israelense.
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Fontes alegam que a abertura das ilhas a turistas de Israel sugere aproximação entre as partes.
Contudo, o projeto de Bin Salman é gradual e pode não ter impacto de longo prazo.
“Será lento, com passos adicionais para aproximar ambos os países, mas não há avanço real até então”, comentaram as fontes. “As coisas precisam se acalmar um pouco; veremos aonde vai o governo de [Benjamin] Netanyahu; porém, no fim, é no melhor interesse dos países envolvidos haver um acordo integral”.
Um oficial do setor regional de turismo prometeu não impor restrições a mulheres no balneário saudita, inclusive ao permitir uso livre de biquinis.
Segundo o website Hotelier, a agente sênior do setor de turismo Loredana Pettinati corroborou a não-distinção de gênero durante passagem nos Emirados Árabes Unidos, sem obrigatoriedade do véu ou prova de matrimônio para reservar um hotel.
“Não haverá restrições às mulheres em parte alguma da Arábia Saudita”, declarou Pettinati ao público. “Mesmo se não forem casados, poderão ficar nos hotéis”