Autoridades da ocupação israelense emitiram 12 mil ordens de detenção administrativa contra os palestinos nos últimos nove anos, relatou a ong Clube dos Prisioneiros Palestinos na quarta-feira (25). A maioria foi deferida em 2022, com 2.409 mandados.
A detenção administrativa permite a Israel prender palestinos sem julgamento ou acusação por períodos indefinidos. O mecanismo é herança do Mandato Britânico, usado por Israel desde sua criação, mediante limpeza étnica, em 1948 – episódio conhecido como Nakba ou “catástrofe”.
O regime de apartheid não aplica detenção administrativa contra colonos judeus.
Até o fim de 2022, havia 866 palestinos em detenção administrativa nas cadeias de Israel, entre os quais, duas mulheres, sete crianças e um homem de 76 anos. Segundo a ong, ao menos 80% dos indivíduos em detenção administrativa são ex-prisioneiros.
Israel renovou detenção a figuras proeminentes como Nidal Abu Akar, Thaer Halahleh, Ghassan Zawaheereh e Saleh al Je’edi. Shorouq al-Badan, de Belém, jamais foi indiciada ou julgada, mas também está sujeita a detenção administrativa desde 2019.
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