Ativistas e associações de direitos humanos e da sociedade civil na Europa preparam uma nova Flotilha da Liberdade rumo à Faixa de Gaza, para romper o cerco militar de Israel imposto há 17 anos, anunciou Zaher Birawi, presidente do Comitê Internacional pelo Fim do Cerco e membro-fundador da iniciativa.
Preparativos estão em curso para que a nova flotilha zarpe em meados do ano, declarou Birawi à rede Arabi21. “O comitê tenta reunir esforços para estabelecer pressão política e popular aos governos árabes e ocidentais”, acrescentou.
Birawi reiterou a colaboração de outras entidades, incluindo o Fórum Popular dos Palestinos na Diáspora, que fazem coro ao fim do bloqueio militar como prioridade humanitária. “Tudo indica que podemos impactar uma série de grupos solidários no Ocidente”, observou.
A Coalizão Internacional da Flotilha da Liberdade realizou encontros em novembro para discutir um plano e retomar esforços pelo fim do cerco no ano corrente.
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Em maio de 2010, uma frota encabeçada pelo navio Mavi Marmara foi atacada por agentes de Israel em águas internacionais – ato contrário às leis de navegação, equivalente a pirataria. Dez ativistas foram executados, nove a bordo.
Apesar de uma série de sigilos de estado, relatos apontam que Tel Aviv indenizou familiares das vítimas em milhões de dólares.
Na ocasião, um grupo sionista acusou os organizadores da frota de preparar um ataque a Israel e instigou o governo de Benjamin Netanyahu a impedir que as embarcações chegassem a Gaza. A frota foi desviada a um porto israelense; bens foram confiscados e ativistas, deportados.
Israel mantém um cerco severo a Gaza desde 2006, que impede a população civil – dois milhões de pessoas – de lograr acesso a serviços básicos, como saúde, educação e infraestrutura.
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