Funcionários da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) entraram em greve nesta segunda-feira (30) em protesto à falta de resposta do órgão sobre as demandas referentes ao recrutamento de novos profissionais para substituir aposentados.
Conforme Amir al-Mishal, secretário da Federação dos Trabalhadores da UNRWA, nenhuma das demandas comporta aumento orçamentário.
“Conduzimos diversos protestos, incluindo uma greve parcial, mas nada foi resolvido”, reportou al-Mishal à rede Arabi21. “Muitas das demandas foram feitas diretamente ao comissário-geral da agência, mas ainda nada”.
Segundo al-Mishal, as equipes querem preencher as vagas por meio de contratação adequada.
“Dois anos atrás, concordamos com o comissário que a contratação de empregados não deveria exceder 7.5% do total de funcionários”, detalhou al-Mishal. “Agora, no entanto, este número é 15% para a região de Gaza”.
Al-Mishal reiterou que há 500 vagas devido a aposentadoria e 116 devido a demissões oriundas dos cortes nas doações à agência pelo então governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Os servidores foram parcialmente readmitidos; a UNRWA prometeu solucionar a questão.
“Há 20 desses profissionais que ainda trabalham meio período”, afirmou al-Mishal. “Queremos também encerrar este problema”.
Segundo a federação, há planos para manter e ampliar a greve até que as reivindicações sejam cumpridas.
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