Violência colonial de Israel chega à Europa via experiência de realidade virtual

Uma paisagem pacífica das colinas de Hebron (al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, é interrompida subitamente por um homem, um colono israelense portanto um rifle automático à distância. A seguir, entram policiais israelenses e atiram gás lacrimogêneo contra os palestinos, aos berros e cassetetes. Esta experiência imersiva de “realidade virtual” sobre a violência colonial nas terras palestinas está disponível no espaço cultural JW3 de Londres.

A ong israelense de direitos humanos B’Tselem criou a instalação de para levar ao Reino Unido uma noção direta do processo de colonização na Palestina.

Dror Sadot, porta-voz da B’Tselem, observou que o objetivo é fazer com que pessoas de todo o planeta sintam na pele a angústia dos palestinos sob os ataques recorrentes.

“Quando postamos os vídeos na internet, as pessoas ignoram. Mas aqui, nessa instalação, você fica dentro da situação. Então não é possível rolar para baixo, não é possível ignorar o que está acontecendo”, declarou Sadot.

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Para Sarit Michaeli, ativista israelense que ajudou a desenvolver os vídeos para o projeto, rever as imagens dos ataques é uma experiência difícil, mesmo em termos de realidade virtual. “Uau … Não é a primeira vez que vejo isso, mas ainda é bastante pesado”, observou.

Em 2013, Sarif foi atingida por soldados israelenses com uma bala de borracha à queima-roupa, durante um protesto na Cisjordânia ocupada. A agressão brutal não a impediu de ecoar apelos por direitos humanos.

“É preciso mobilização e justiça”, reafirmou. “Não se trata apenas de conscientizar as pessoas, mas sim convencê-las a pressionar seus representantes eleitos, como no caso do Ocidente, para responsabilizar Israel pela situação e por suas políticas abusivas”.

A B’Tselem quer levar o projeto a cidades e comunidades de todo o mundo.