A Autoridade Egípcia do Canal de Suez (SCA) negou na sexta-feira ter chegado a um acordo com uma empresa israelense para gerenciar seus serviços e decidiu tomar medidas legais contra aqueles que espalharam o boato.
Um comunicado da autoridade desmentiu a notícia: “Em resposta à informação que circulou em algumas contas pessoais anônimas nas mídias sociais sobre o canal ter assinado um contrato com uma empresa para gerenciar seus serviços por um contrato de 99 anos”.
A declaração da SCA veio um dia depois que um suposto contrato circulou em plataformas de mídia social, com aqueles que o publicaram alegando que é um contrato entre o governo egípcio e uma empresa israelense para gerenciar os serviços do canal. A polêmica aumentou após a confirmação do jornalista israelense Edy Cohen.
O presidente do SCA, tenente-general Osama Rabie, confirmou em um comunicado: “Esses rumores são completa e totalmente falsos.”
Ele afirmou: “A absoluta soberania política e econômica do Egito na gestão, operação e manutenção das facilidades de navegação do Canal de Suez. Todos os contratos celebrados pela autoridade não podem afetar de forma alguma a soberania egípcia sobre o canal e todas as suas instalações, que são protegidas pelo Constituição.”
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“Todas as medidas legais necessárias serão tomadas pelas autoridades envolvidas contra essas contas” e alertou contra “criar confusão e minar o status do canal econômico nos círculos locais e internacionais”, enfatizou.
Na quinta-feira, o jornalista Cohen twittou: “Como eu disse anteriormente, o contrato de concessão do Canal de Suez é de 99 anos e foi entregue a uma empresa israelense”, postando a imagem de um documento do suposto contrato.
Na sexta-feira, Cohen manteve sua posição, postando novas imagens do que alegou serem documentos do contrato antes de publicar a negação do SCA mais tarde naquela noite. Os comentaristas o acusaram de espalhar boatos.
Em 11 de janeiro, Cohen irritou os egípcios depois de pedir que o Egito vendesse o canal a Israel para saldar sua dívida externa.
O suposto contrato circulado gerou polêmica nas redes sociais, entre apoiadores do governo que o rejeitam e ceticismo de opositores. Isso coincidiu com o anúncio do Canal de Suez na quinta-feira de que registrou receita de US$ 802 milhões em janeiro de 2023, a maior receita mensal de sua história.
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