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OMS pede US$ 43 milhões para intensificar resposta na Síria e Turquia

Ajuda entra na Síria, mas não chega ‘nem perto do necessário’ [Asaad Al Asaad]

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou um apelo de US$ 43 milhões para apoiar a resposta ao terremoto na Síria e na Turquia. O anúncio foi feito pelo diretor-geral Tedros Ghebreyesus neste domingo.

Falando da capital síria, Damasco, o chefe da agência de saúde da ONU destacou que o valor pode aumentar à medida que os efeitos do desastre se tornarem mais claros.

Acesso para ajuda humanitária

De acordo com a mídia internacional, os tremores de segunda-feira já deixaram mais de 33 mil mortos e milhares de desabrigados.

A OMS está trabalhando em todas as áreas afetadas e, ao lado dos parceiros humanitários, distribuíram 110 toneladas de suprimentos médicos em todo o país.

A agência da ONU também está apoiando o aumento de equipes médicas especializadas na linha de frente.

Tedros informou que as autoridades sírias parecem abertas para permitir que mais travessias de fronteira entreguem ajuda humanitária ao noroeste. Sofrendo com uma guerra que dura 12 anos, a Síria está dividida em áreas sob o controle do governo, forças de oposição e grupos armados.

Vulnerabilidade do sistema de saúde

Um voo está programado para chegar a Damasco na noite deste domingo com suprimentos de saúde de emergência especializados para os trabalhadores da linha de frente.

A agência da ONU está ampliando as operações em todo o país, inclusive no noroeste, onde o impacto foi mais grave. Na região, o Escritório para Assuntos Humanitários da ONU registra mais de 4,3 mil mortes e 7,6 mil.

LEIA: Ajuda entra na Síria, mas não chega ‘nem perto do necessário’

Antes do terremoto, 4,1 milhões de pessoas já dependiam de ajuda humanitária e as necessidades eram as mais altas de todos os tempos. Esta é a mais recente crise a atingir a Síria, que se soma ao conflito, a pandemia de Covid-19, surtos de cólera e declínio econômico.

Segundo a OMS, mais de uma década de violência fragilizou todo o sistema de saúde e apenas 50% das instalações médicas estavam funcionando antes dos sismos.

Ajuda transfronteiriça

O chefe humanitário da ONU continua sua missão na região. Após sua passagem por Karamamaras, cidade turca localizada a cerca de 77 quilômetros do epicentro dos tremores, Martin Griffiths viajou para o lado turco de Baba Al-Hawa, única passagem de fronteira autorizada para entrega de ajuda no noroeste da Síria.

Ele também visitou um centro da ONU na região de Hatai, onde acompanhou o transbordo e monitoramento de 10 caminhões carregados com ajuda fornecida pela Organização Internacional para Migração, OIM.

Este foi o quarto comboio de ajuda transfronteiriça da ONU desde o terremoto. O primeiro, com seis caminhões, cruzou para a Síria na quinta-feira, após uma interrupção temporária de três dias devido a estradas danificadas.

Um segundo comboio de 14 caminhões da OIM cruzou na sexta-feira, seguido por um terceiro no dia seguinte, com 22 veículos levando remédios, kits de teste de cólera, cobertores, itens de higiene, lâmpadas solares e outros itens de primeira necessidade.

Segundo o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, tremores secundários continuam no noroeste da Síria, forçando as pessoas a seguir deixando de suas casas.

As equipes de defesa civil concluíram as operações de busca e salvamento neste sábado e passaram a remover destroços e recuperar corpos, mas os esforços estão sendo prejudicados pela escassez de combustível e falta de máquinas e veículos.

Mais apoio

O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, chegou a Damasco neste domingo. Ele afirmou que os humanitários farão todo o possível para acessar todos os que precisam de ajuda e ressaltou seus esforços para reunir apoio.

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O representante da ONU afirmou que estão alcançando apoios bilaterais, mobilizando fundos e dizendo a todos que “deixem a política de lado”. Para ele, este é um momento para união de esforços comum para apoiar o povo sírio.

Pedersen também enfatizou a necessidade de acesso cruzado e transfronteiriço. Ele afirmou estar em contato com os humanitários da ONU, trabalhando juntos para tentar mobilizar apoio.

Publicado originalmente em ONU News

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