O ministro da Segurança Nacional da extrema direita de Israel, Itamar Ben-Gvir, ordenou que o Serviço Prisional de Israel (SPI) reduza o tempo permitido para os prisioneiros palestinos terem acesso aos banheiros, informou o Arab 48. De acordo com a Comissão Palestina para Assuntos de Detentos e Ex-Detentos, a SPI informou os prisioneiros sobre o novo cronograma, reduzindo o tempo em uma hora.
A medida foi criticada por grupos de direitos humanos como uma escalada de agressão contra prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
“Além da gravidade das repercussões desta medida nos prisioneiros em termos de higiene e propagação de doenças, ela também reflete o nível de degradação e de absurdo de Ben-Gvir tem”, disse Qadura Fares, chefe do Clube de Prisioneiros Palestinos. A notícia, segundo ele, . “será a causa de uma explosão sobre as condições dentro das prisões israelenses.”
No início deste mês, Ben-Gvir ordenou a suspensão do trabalho dos prisioneiros de segurança palestinos que serviam em padarias em duas prisões israelenses, dizendo que estava cancelando “benefícios e indulgências”.
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Desde que assumiu o cargo ministerial no final do ano passado, Ben-Gvir provocou polêmica tanto em Israel quanto no exterior ao pressionar por reformas de linha dura no judiciário e no sistema de segurança. Ele pediu a pena de morte para os palestinos que Israel considera “terroristas” e prometeu tornar as condições de prisão mais difíceis para os palestinos.
Israel mantém cerca de 4.700 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças, de acordo com a Addameer, que apoia os direitos dos prisioneiros. O número inclui presos condenados, bem como aqueles mantidos sob a chamada detenção administrativa sem acusação nem julgamento.