Casa Branca diz que os EUA estão ‘profundamente consternados’ com a expansão dos assentamentos de Israel

Os Estados Unidos estão “profundamente consternados” com a decisão do gabinete israelense de expandir a atividade de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada, disse a Casa Branca na quinta-feira, sugerindo que o presidente Joe Biden estava preparado para adotar uma postura mais dura ao lidar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,segundo a Reuters.

Tal atividade “cria fatos no terreno que minam uma solução de dois Estados” entre israelenses e palestinos, disse a repórteres a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Membros seniores da coalizão de extrema direita de Netanyahu têm procurado expandir ainda mais os assentamentos no território da Cisjordânia capturado por Israel na guerra de 1967 e onde os palestinos pretendem estabelecer um Estado.

A maioria das potências mundiais considera ilegais os assentamentos de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Israel contesta isso citando ligações bíblicas, históricas e políticas com a Cisjordânia, bem como interesses de segurança.

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“Estamos profundamente consternados com o anúncio dos israelenses de que avançarão com milhares de novos assentamentos e legalizarão retroativamente nove postos avançados na Cisjordânia que eram, até agora, ilegais sob a lei israelense”, disse Karine.

No domingo, Israel concedeu autorização retroativa a nove postos avançados de colonos na Cisjordânia e anunciou a construção em massa de novas casas em assentamentos estabelecidos.

“Os Estados Unidos se opõem fortemente a essas medidas unilaterais que exacerbam as tensões, prejudicam a confiança entre as partes e minam a viabilidade geográfica da solução de dois Estados”, disse ela, acrestando que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, deixou claro durante uma recente visita à região que “todas as partes devem se abster de ações que aumentem as tensões e nos afastem ainda mais da paz”.

“A construção e atividade de assentamentos no coração da Cisjordânia para incluir a legalização de outposts cria fatos no terreno que minam uma solução de dois Estados”, repetiu ela.

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