Vídeo compartilhado na internet mostra Sharon Bar-Li, vice-diretora da Divisão Africana do Ministério das Relações Exteriores de Israel, sendo escoltada para fora na cerimônia de abertura da cúpula da União Africana que se realiza na capital da Etiópia, Adis Abeba, desde sábado.
The Israeli delegation was expelled from the African Union summit in Ethiopia.
Since 2021, Israel has had observer status in the African Union, but Algeria, Tunisia, Egypt, Libya and Mauritania have officially objected to that status. pic.twitter.com/jXIXDZE6kY
— Mike (@Doranimated) February 18, 2023
O jornal israelense Haaretz, disse ter fontes diplomáticas de que Bar-Li estava autorizada a participar da cúpula e que ela retornará. Mas conforme a organização, houve um convite ao embaixador de Israel na União Africana, Aleli Admasu, mas que era intransferível. “É lamentável que o indivíduo em questão tenha abusado de tal cortesia”, disse a porta-voz do chefe da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat.
Israel conseguiu tornar-se observador da UA em 2021, mas esse fato não foi aceito por vários países do bloco.
A Argélia defendeu rescindir esse status no ano passado e um comitê foi criado para analisar o assunto, que seria decidido possivelmente na atual conferência de dois dias. A Autoridade Palestina, que é observadora desde 2013, também pede a saída de Israel, em razão do apartheid promovido contra palestinos.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que a exclusão foi conduzida por Argélia e África do Sul, os quais chamou de “estados extremos” que controlam a UA e são “controlados pelo Irã”. Ele pediu aos demais membros do bloco de 55 países – dos quais mantém relações com 46 – que se posicionem. Sobre isso, o porta-voz do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, Vincent Magwenya, disse à AFP: “Eles devem fundamentar sua reivindicação”.