A postura dos mediadores das Nações Unidas contra os crimes israelenses em Nablus ocupada “não se alinha com seus deveres e responsabilidades”, disse ontem o Movimento da Jihad Islâmica.
O chefe de mídia do movimento, Daoud Shehab, disse em um comunicado que os comentários recentes das autoridades da ONU sobre os ataques israelenses em Nablus estavam “ignorando fatos significativos, embora não condenassem claramente os atos israelenses”, descrevendo as declarações como “hipocrisia política”.
Referindo-se às declarações do coordenador especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, Shehab apontou que as observações não aumentaram o “nível de seriedade em relação às violações israelenses”, acrescentando que a ONU também “evitou deliberadamente manter Israel como responsável.”
Shehab enfatizou que o uso do termo “ciclo de violência” por Wennesland estava “enganando o público com o objetivo de igualar a vítima ao carrasco”.
“Estou profundamente perturbado com o ciclo contínuo de violência e consternado com a perda de vidas civis”, disse Wennesland no Twitter, pedindo a todas as partes envolvidas “que se abstenham de quaisquer medidas que possam inflamar ainda mais uma situação já volátil”.
Deeply disturbed by the continuing cycle of violence & appalled by the loss of civilian lives. Continuing my engagement w/ all concerned parties to deescalate the situation. I urge all sides to refrain from steps that could further enflame an already volatile situation.#Nablus pic.twitter.com/1ZkD6gRrDK
— Tor Wennesland (@TWennesland) February 22, 2023
No início da quarta-feira, as forças de ocupação israelenses invadiram a cidade de Nablus e assassinaram 11 palestinos, incluindo um homem de 72 anos e uma criança de 16 anos, além de ferir outras 102 pessoas.
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