A Alemanha está procurando uma maneira nova e apropriada de lidar com Israel após a ascensão da extrema direita no estado de ocupação, disse a revista Der Spiegel.
A revista alemã disse que as diferenças entre Berlim e Tel Aviv ficaram evidentes durante a visita do ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, a Berlim nesta semana, quando sua contraparte alemã, Annalena Baerbock, expressou claramente “preocupação” com a crescente violência na Cisjordânia ocupada e com a reforma judicial planejada por Israel, bem como com os planos de impor a pena de morte contra prisioneiros palestinos.
Embora os políticos alemães estejam ansiosos para confirmar a “parceria” de seu país com Israel, a revista alemã descreveu a parceria como “problemática” e até descreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel como um “parceiro problemático”.
“Está claro que os esforços alemães continuam para encontrar uma nova fórmula para lidar com o novo governo de Netanyahu. A visita do chanceler israelense à Alemanha revelou a profundidade da disputa existente e que as diferenças de pontos de vista não se limitam mais a questão da pena de morte, que Israel quer impor aos palestinos, mas também inclui muitas outras áreas”, disse a revista.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou as declarações de Baerbock, dizendo: “Esta lei de execução de terroristas é o assunto do momento! Os alemães são os últimos a pregar.”