A grande bandeira palestina tremulando nas mãos de manifestantes chamou a atenção nesta quinta-feira para o ato em solidariedade com a Palestina e as convocatórias, que se juntam a outros chamados no mundo todo, para que o apartheid de Israel tenha fim e o Estado de ocupação seja impedido de prosseguir com as agressões e extermínio de palestinos.
A situação na Palestina é desesperadora, no momento em que colonos, policiais e militares armados avançam com apoio do governo sobre jovens e suas famílias, matando pessoas, demolindo estruturas e expulsando palestinos de suas casas e aldeias.
O terror que desde 16 março foi imposto à vila de Huwara, ao sul da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, com ataques de colonos e a cumplicidade policial que deixaram 11 palestinos mortos, não deixa dúvidas sobre o grau de criminalidade com que Israel está executando sua política de limpeza étnica, já sendo chamada de genocípio por visar a eliminação de um povo originário para a tomada de suas terras. Além disso, o Knesset autoriza e legaliza a violência de Estado, ao votar em pena de morte para palestinos e uma reforma judiciária que submete as decisões dos juízes – que no momento julgam o Netanyahu por corrupção – à aprovação do próprio primeiro-ministro investigado.
O ato na Av. Paulista, organizado pela Frente em Defesa do Povo Palestino, pede posições urgentes do Brasil pelo fim do apartheid e ações da comunidade internacional para que Israel seja barrado agora, antes que cumpra as promessas de extermínio generalizado propagadas por seus governantes.
LEIA: América Latina precisa entender e reconhecer: o que acontece na Palestina é apartheid