A Hungria deve transferir sua embaixada em Israel para Jerusalém no próximo mês, em um ato de apoio do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, a seu colega Benjamin Netahyahu, informou o Times of Israel na sexta-feira.
A medida, se confirmada, tornaria a Hungria o primeiro estado membro da União Europeia a abrir uma embaixada em Jerusalém, que Israel reivindica como sua capital, mas que não é reconhecida como tal pela maioria dos países e cujo status sob o direito internacional é contestado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Hungria, Mate Paczolay, não confirmou a noticia, mas disse que o ministério fornecerá atualizações sobre quaisquer mudanças na embaixada.
LEIA: ‘Huwara deveria ser exterminada hoje’, diz dirigente de conselho dos colonos
“Já transferimos o departamento comercial de nossa embaixada israelense para Jerusalém anos atrás”, disse ele em resposta a uma pergunta sobre o relatório da Reuters. “A inauguração da representação de comércio exterior foi anunciada em conjunto pelo ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, e pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.”
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel se recusou a comentar.
Sob o comando do ex-presidente Donald Trump, os Estados Unidos mudaram sua embaixada em Israel para Jerusalém em 2018, mas apenas alguns outros países fizeram o mesmo.
O Parlamento israelense aprovou uma lei em 1980 declarando a cidade indivisível de Jerusalém como a capital de Israel. As Nações Unidas consideram Jerusalém Oriental como ocupada, e o status da cidade como disputado até ser resolvido por negociações entre Israel e os palestinos, que querem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado palestino.
LEIA: 150 famílias de Jerusalém estão sob ameaça iminente de deslocamento antes do Ramadã