As Nações Unidas dizem ter alcançado mais de 500 mil pessoas com apoio humanitário, um mês depois dos terremotos que atingiram a Síria e a Turquia. Os tremores deixaram mais de 50 mil mortos.
Além das vítimas que perderam a vida também estão milhares de feridos e uma destruição em grande escala de edifícios e outras infraestruturas essenciais. Milhões de pessoas precisam de auxílio urgente, segundo Escritório da ONU para a Assistência Humanitária, Ocha.
Água, saneamento e serviços médicos
A Turquia recebeu 557 caminhões com artigos de ajuda de sete agências. O escritório informou que mais de 1,9 milhões de pessoas vivem em abrigos temporários no país onde foi o epicentro do primeiro sismo.
O acesso a essas áreas é limitado para a entrega de serviços básicos como água, saneamento e serviços médicos.
No nordeste da Síria, foram confirmados 583 caminhões com ajuda. Cerca de 2,5 milhões de crianças precisam de assistência humanitária urgente na região.
Nos dois países, a estimativa é que 850 mil crianças continuam deslocadas, após terem sido forçadas a abandonar as suas casas danificadas ou destruídas.
Crianças mortas e feridas
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, diz que o número total de menores mortos e feridos durante os terremotos não foi confirmado, mas é provável que sejam milhares.
O impacto dos sismos nas crianças e nas famílias da região tem sido catastrófico, deixando centenas de milhares de pessoas vivendo em condições precárias em abrigos temporários.
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Na Síria, a agência apoia ações como abastecimento de água e itens de saneamento e higiene, ao mesmo tempo que ajuda na gestão de resíduos, na limpeza de fossas sépticas e no fornecimento de kits de higiene familiar.
O Unicef revelou que o auxílio da agência incluiu facilitar apoio psicológico, incluindo primeiros socorros, além de atividades recreativas, apoio psicossocial e sessões para pais.
Disseminação de doenças infecciosas
Entre as agências parceiras das Nações Unidas no terreno, a Cruz Vermelha alertou para uma iminente emergência de saúde pública com a disseminação de doenças infecciosas. A crise seria um desastre para a região.
O diretor regional para o Oriente Próximo e Oriente Médio, Fabrizio Carboni, destacou que somente metade dos sistemas de água e saneamento estão funcionando em território sírio.
Em 2010, cerca de 98% das pessoas vivendo nas cidades e 92% no campo tinham acesso confiável a água potável.
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Publicado originalmente em ONU News