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Grupos judaico-americanos repudiam visita de ministro israelense aos EUA

Bezalel Smotrich, parlamentar de extrema-direita israelense e líder do partido Sionismo Religioso [Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images]
Bezalel Smotrich, parlamentar de extrema-direita israelense e líder do partido Sionismo Religioso [Gil Cohen-Magen/AFP via Getty Images]

Cento e trinta e oito líderes judeus americanos, incluindo sionistas, emitiram uma declaração conjunta se opondo à visita do Ministro das Finanças israelense Bezalel Smotrich aos Estados Unidos, ao reiterar que o político de extrema-direita não deveria ter uma plataforma na comunidade local.

“Como judeus americanos comprometidos com o futuro de Israel como estado seguro, judaico e democrático; com um relacionamento forte entre Estados Unidos e Israel; e com a unidade do povo judeu que inclui plenamente as comunidades em Israel e na diáspora, somos contrários à visita de Bezalel Smotrich aos Estados Unidos ainda este mês, na qualidade de ministro das Finanças de Israel, e pedimos a todos os americanos pró-Israel que entendam que recebê-lo aqui prejudicará, em vez de ajudar, o apoio a Israel”, disse o comunicado.

Entre os signatários da declaração conjunta divulgada pelo Fórum de Política Israelense estão ex-executivos de alguns dos grupos de lobby sionistas mais belicosos dos Estados Unidos, incluindo o Comitê de Assuntos Públicos Estados Unidos-Israel (AIPAC).

A nota de repúdio sucede comentários do ministro pedindo que a aldeia palestina de Huwara fosse “apagada”. Apesar da condenação universal, a Casa Branca não tomou nenhuma medida contra o estado ocupante, que recebe US$3 bilhões anualmente de recursos americanos.

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Líderes judeus americanos, no entanto, pediram à administração do presidente Joe Biden que envie uma mensagem forte ao atual governo israelense. As propostas sugeridas pelo militante sionista Eric Yoffie incluem uma pausa nas discussões sobre a entrada de Israel no programa de isenção de vistos até que as políticas israelenses mudem. Outra proposta é negar o convite do premiê Benjamin Netanyahu à Casa Branca. Uma terceira proposta é uma nova resolução de Washington no Conselho de Segurança das Nações Unidas, caso Israel mantenha o avanço dos assentamentos ilegais.

Yoffie – rabino reformista e presidente emérito da União para o Judaísmo Reformista – observou que em meio século de ativismo sionista nunca havia feito lobby contra um governo israelense em Washington. No entanto, foi preciso agir porque “supremacistas judeus” buscam “destruir o Estado judeu de dentro para fora”.

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Cético quanto ao sucesso da capacidade das comunidades judaicas de aplicar pressão sobre a Casa Branca, argumento Yoffie: “Fazer lobby junto ao governo americano contra um governo israelense – mesmo quando o americano é pró-Israel e o israelense é antidemocrático – é problemático para os judeus americanos”.

Neste sentido, Yoffe advertiu que intervenções que aplicam pressão sobre Israel, “uma vez iniciadas, podem estabelecer um perigoso precedente com resultados incertos”.

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