De acordo com a Addameer, grupo palestino de apoio aos prisioneiros políticos e seus direitos humanos, há hoje 29 prisioneiras palestinas mantidas sob “condições severas” nas cadeias de Israel, estão sujeitas a uma política sistemática de negligência médica.
A organização aproveitou a ocasião do Dia Internacional da Mulher para divulgar seus dados e conscientizar o público sobre a situação, em particular, de duas adolescentes de 16 anos que estão entre as detidas.
A Addameer observou que sete prisioneiras sofreram ferimentos e precisam de tratamento; quinze sofrem de problemas de saúde. Dentre as prisioneiras, seis são mães, duas são menores de idade e uma permanece sob detenção administrativa – isto é, sem julgamento ou acusação, por períodos indeterminados.
A Addameer reiterou que 15 prisioneiras ainda estão em detenção pré-julgamento e aguardam suas respectivas audiências nas cortes israelenses; não há garantias, no entanto, de que terão julgamentos justos.
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Em fevereiro, carcereiros invadiram algumas das celas femininas nas cadeias de Israel, após cortarem o suprimento de energia elétrica às alas em questão. Durante a revista, muitas prisioneiras se recusaram a deixar suas celas, mas foram arrastadas e agredidas pelos guardas.
As prisões israelenses foram postas em “alerta máximo” após autoridades alegarem receberem “avisos específicos” sobre a intenção de algumas prisioneiras de reagir às medidas repressivas do sistema penitenciário da ocupação.
Prisioneiros e suas famílias sofrem perseguição, assédio e intimidação rotineira.
Segundo a ong Clube de Prisioneiros Palestinos, há atualmente 4.700 palestinos nas cadeias de Israel, dos quais 551 cumprem prisão perpétua.
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