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Secretário de Defesa dos EUA faz visita não anunciada ao Iraque, vinte anos após a invasão

Secretário de Defesa dos Estados Unidos Lloyd Austin [Lukas Kabon/Agência Anadolu]

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, chegou nesta terça-feira (7) ao Iraque em uma visita não anunciada para discutir a cooperação em defesa e reafirmar a parceria de Washington com Bagdá.

Após iniciar sua turnê no Oriente Médio no domingo (5), na Jordânia, onde se encontrou com o rei Abdullah, era esperado que Austin visitasse Israel e Egito para discutir questões regionais e reiterar o compromisso dos EUA com seus aliados na região. A visita ao Iraque foi uma surpresa.

“Estou aqui para reafirmar a parceria estratégica EUA-Iraque à medida que avançamos em direção a um Iraque mais seguro, estável e soberano”, declarou Austin no Twitter.

Uma nota do Pentágono observou que o secretário de Defesa “expressou preocupações em relação a uma série de desafios compartilhados, incluindo … manter o foco na segurança e estabilidade no Iraque e combater atividades desestabilizadoras na região”.

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Após reunião com o premiê iraquiano Mohammad Shia Al-Sudani e seu ministro da Defesa Thabet Muhammad Al-Abbasi, em Bagdá, Austin declarou à imprensa que a visita e as negociações “sublinham o compromisso dos EUA em expandir nossa parceria com o povo e o governo do Iraque”.

“Estamos profundamente comprometidos em garantir que o povo iraquiano possa viver em paz e dignidade, com segurança e com oportunidades econômicas para todos”, acrescentou.

Enfatizando o papel das Forças Armadas dos EUA e sua liderança na coalizão internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), o secretário americano descreveu a cooperação de defesa entre as partes como “pilar fundamental das relações bilaterais”.

“Os Estados Unidos continuam comprometidos com a luta em apoio à segurança do Iraque e da região como um todo. O primeiro-ministro Sudani e eu reafirmamos esse compromisso hoje”, prosseguiu o oficial da Casa Branca.

Austin também afirmou que as forças americanas estão prontas para permanecer no Iraque a convite do governo iraquiano. “Essas forças operam hoje em um papel não combatente de aconselhamento, assistência e capacitação, para apoiar a luta liderada pelos iraquianos contra o terrorismo.”

No entanto, advertiu: “Devemos ser capazes de operar com segurança para continuar nosso trabalho vital”, referindo-se a ameaças e ataques contra bases e equipes americanas no Iraque, supostamente conduzidas por milícias xiitas apoiadas pelo Irã, muitas das quais alinhadas e integradas às forças iraquianas.

“Quero agradecer ao premiê Sudani e ao ministro Abbasi por seu compromisso hoje em garantir que as forças da coalizão no Iraque, a pedido do governo iraquiano, sejam protegidas de atores estatais e não-estatais”, concluiu o secretário. “Os EUA continuam concentrados na missão de derrotar o Daesh, e estamos aqui por nenhum outro motivo; ameaças ou ataques contra nossas forças prejudicam somente essa missão”.

A visita surpresa ao Iraque pelo principal oficial de defesa dos Estados Unidos ocorre quase duas décadas após a invasão internacional ao país em 2003.

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