O ativista jordaniano Mazen Malasa disse que o lobby sionista está perseguindo a prisioneira palestina libertada Ahlam Tamimi, que passou cerca de dez anos em prisões israelenses, informou o Al-Resalah.
Malasa, ele próprio um prisioneiro libertado e membro do Comitê de Prisioneiros da Associação de Engenheiros da Jordânia, disse que o lobby sionista pressionou o governo dos EUA para perseguir Tamimi e exigir sua prisão por meio da Interpol.
O governo jordaniano está cedendo à pressão dos EUA e dos sionistas e colocando Tamimi sob pressão, inclusive deportando seu marido, Nizar Tamimi, acrescentou Malasa.
“O governo jordaniano está tentando pressionar Ahlam a deixar a Jordânia para depois ser presa? Ou está tentando puni-la por sua luta contra a ocupação israelense, ou está tentando agradar aos americanos e sionistas, mesmo que às custas de nossa filha?” ele perguntou.
Em 9 de agosto de 2001, um homem palestino invadiu uma pizzaria na Jerusalém ocupada e se explodiu, matando 15 pessoas, incluindo dois cidadãos americanos, um dos quais era Malki Roth, uma mulher israelense-americana.
Tamimi foi presa por seu suposto envolvimento na operação semanas depois e foi condenada a 16 penas de prisão perpétua. Ela foi libertada em 2011 como parte de um acordo de troca de prisioneiros entre Israel e facções palestinas. Ela atualmente mora na Jordânia.
No ano passado, um documento emitido pela Interpol revelou que o nome de Tamimi havia sido retirado de sua lista de procurados.
Em 1995, os Estados Unidos e a Jordânia assinaram um tratado de extradição, mas em 2017, o tribunal superior da Jordânia bloqueou a extradição de Tamimi, já que o tratado nunca foi ratificado.
Em 2013, o Departamento de Justiça incluiu Tamimi na lista dos mais procurados do FBI e a acusou de “conspiração para usar uma arma de destruição em massa contra americanos fora dos Estados Unidos”.
LEIA: América Latina precisa entender e reconhecer: o que acontece na Palestina é apartheid