Uma corte da ocupação israelense estendeu nesta segunda-feira (13) o isolamento imposto contra o prisioneiro palestino Ahmad Manasra nas cadeias de Israel, apesar de seu grave estado de saúde mental, informou seu advogado Khaled Zabarqa.
Manasra, de 21 anos, foi preso em 2015, quando tinha apenas 13 anos. Ele e seu primo de 15 anos foram acusados de esfaquear dois israelenses no assentamento ilegal de Pisgat Ze’ev, na Cisjordânia ocupada. Seu primo foi morto a tiros no local; Ahmad foi atropelado por um carro e linchado por colonos e sofreu graves lesões na cabeça.
Após sua prisão, imagens de vídeo viralizaram nas redes sociais mostrando um Ahmad jovem e angustiado sendo tratado e interrogado com violência sem a presença de seus pais ou representantes legais.
Zabarqa reiterou que Manasra está em confinamento solitário há cerca de 18 meses.
Manasra foi com esquizofrenia. Um grupo de 36 psicólogos apelou à presidência israelense para libertar Manasra devido à sua saúde mental.
Há hoje 4.780 prisioneiros palestinos dentro das prisões israelenses, incluindo 160 crianças e 29 mulheres, segundo estimativas compiladas por grupos de direitos humanos.
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