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Maior partido do Marrocos nega fins eleitorais ao criticar normalização com Israel

Bandeira do partido Justiça e Desenvolvimento do Marrocos [Fadel Senna/AFP/Getty Images]
Bandeira do partido Justiça e Desenvolvimento do Marrocos [Fadel Senna/AFP/Getty Images]

O Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD) – maior partido islâmico do Marrocos, no governo executivo desde 2011 – negou ter uma agenda eleitoral ao criticar recentemente os laços do governo com o regime da ocupação israelense.

O Tribunal Real de Marrocos denunciou na segunda-feira (13) o ato “irresponsável” do partido após uma denúncia de sua cúpula contra o Ministério das Relações Exteriores, por viés favorável ao Estado de Israel.

“O Secretariado-Geral do PJD emitiu uma declaração com certos abusos irresponsáveis ​​e graves falácias referentes às relações entre o Reino de Marrocos e o Estado de Israel, ao vinculá-las aos últimos acontecimentos nos territórios palestinos ocupados”, contrapôs a chancelaria.

Em resposta, o PJD disse que “pratica e defende posições e declarações que são compatíveis com o que a Constituição autoriza a qualquer partido político estabelecido, que praticam suas atividades livremente conforme respeito à lei e liberdade de opinião e expressão garantida em todas as suas formas sob a Constituição”.

O partido insistiu ser parte de seus princípios “apoiar a causa e o povo palestino e rejeitar a normalização” entre Marrocos e Israel. Além disso, reiterou que suas críticas recentes não têm fins eleitorais.

“O partido continuará onde sempre esteve, ao lado de Sua Majestade, em defesa da integridade territorial, soberania nacional e os mais altos interesses do país, de acordo com os princípios inclusivos da Constituição”, acrescentou a nota.

A crítica ao chanceler marroquino – “que apareceu como defensor da entidade sionista em algumas reuniões africanas e europeias” – decorre do fato de ser “um membro do governo passível de desaprovação e avaliação como qualquer outro”, concluiu o comunicado.

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