Arábia Saudita e Rússia confirmaram nesta quinta-feira (16) seu compromisso com a decisão do cartel conhecido como OPEP+ para manter reduzida a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia até o final de 2023, segundo informações da agência Anadolu.
O grupo é formado por estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) – sob liderança de facto da Arábia Saudita – e aliados, incluindo a Rússia.
O comunicado sucedeu um encontro em Riad entre o príncipe Abdulaziz Bin Salman, ministro da pasta enérgica, e o vice-premiê russo, Alexander Novak, confirmou a imprensa saudita.
Os dois oficiais debateram formas de ampliar as relações bilaterais, aprimorar as condições do mercado global de petróleo e manter a cooperação mútua no âmbito da OPEP+.
Dois dias antes, o ministro e príncipe saudita rejeitou a possibilidade de impor um teto de preço nas exportações de petróleo do reino, enfatizando que Riad “não venderá petróleo a nenhum país que imponha um teto nas nossas remessas de petróleo”.
Na quarta-feira (15), senadores dos Estados Unidos levaram novamente ao plenário o projeto NOPEC – em inglês, No Oil Producing and Exporting Cartels –, cujo intuito é proteger empresas e consumidores de picos nos preços manipulados por grupos como a OPEP e a OPEP+
Em outubro, membros da OPEP+ concordaram em reduzir a produção em dois milhões de barris por dia, a partir de novembro, por um ano. Os Estados Unidos rejeitaram a medida e acusaram a Arábia Saudita de apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
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